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Precisamos modernizar e desburocratizar o setor de Logística

Burocracia na Logística

Hoje a Uniforte traz para nosso público uma reflexão ao olhar para 2 nortes distintos do Setor de Logística: diversificar os modais de transportes e a desburocratização tarifária. Investir em transportes diferentes do rodoviário já deveria ser praticado como algo básico para um país que quer competir em alto desempenho no mercado. Porém, além da diversificação dos investimentos em infraestrutura, temos quadros de pré-requisito no Brasil que estão muito longe do ideal. Vejamos.

Tomaram posse na semana passada os Diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Na ocasião o Senador Wellington Fagundes (PR), presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog) voltou a defender um maior uso dos modais alternativos às rodovias para o transporte brasileiro. Segundo ele, há um desgaste muito grande ao produtor e ao país por conta do escoamento da produção ser feito basicamente por rodovias. Ok, todos concordamos.

Pré-requisitos ignorados

Vamos usar um exemplo real para ilustrar a questão de pré-requisitos ignorados, o que implica até em certa ironia no discurso do Senador. Em conversa com um gestor de empresa multinacional que tem trânsito de peças de maquinário entre parceiros comerciais como Brasil, Argentina e Estados Unidos notamos que não é apenas a fixação no setor rodoviário que atrapalha, mas a imensa complexidade para enviar ou receber remessas comerciais. O gestor, (obviamente vamos omitir nome e empresa) contou-nos um pequeno caso que nos faz entender a ironia de se defender apenas diversificação de transporte.

Um colega do gestor fez um pedido de peças fabricadas na Alemanha para entrega nos EUA numa terça-feira, em caráter de urgência. Na sexta-feira estava entregue via um equivalente do Sedex 10 que funciona internacionalmente com grande agilidade. Nosso gestor foi incumbido de repetir o processo de forma quase idêntica, da Alemanha para a planta do Brasil, com a mesma urgência.

Do exterior para o interior do Brasil

Somente após o disparo do pedido, que viria pelo mesmo equivalente de Sedex 10, o Financeiro da empresa levou em conta que tal recebimento implicaria em 6 impostos de 3 esferas diferentes, superando até mesmo o valor da compra. O caminho de entrega, o peso, a companhia responsável pela entrega, a natureza dos CNPJs envolvidos, a urgência, praticamente todos os agentes envolvidos causavam modificações nas tarifações com pré-requisitos diversos, que, a cada passar de mãos, teria que ser parado avaliação e proceder corretamente para que os agentes mantenham-se dentro das leis e consigam emitir documentos necessários para o trânsito da mercadoria dentro do Brasil. Nem precisamos contar que o prazo para todos os procedimentos fez a encomenda ser entregue no mês seguinte ao pedido.

A burocracia tarifária no Brasil não é grande. É uma quimera. Uma criatura bestial, com leis que complicam e encarecem tremendamente os transportes. Um processo que devia ser simples aqui no Brasil requer profissionais especializados em burocracia, tarifação e clipping das constantes mudanças de legislação tributária.

Práticas do passado

Historicamente, os maiores investimentos foram feitos no setor Rodoviário para fomentar a indústria automobilística, seria ótimo poder contar com diferentes maneiras de escoar a produção. Porém fica o recado ao Senador: precisamos modernizar e desburocratizar o setor de Logística.

O que mudaria?

Tornar o processo simples e rápido certamente já implicaria em forçar os modais a se modernizarem, por um simples motivo: maior fluxo de dinheiro em circulação. As maiores economias do planeta preferem simplificar os processos para que sua empresas e organizações façam girar o capital, escalando as produções, criando emprego, superávit e tudo mais de básico que vemos em qualquer aula de Economia.

É nossa obrigação, como agentes do setor, fazer pressão para que possamos ter agilidade. Precisamos desburocratizar as tarifações, precisamos de investimentos em outros modais e pra já! Que nossos representantes ouçam nossas necessidades de planos de fomento e para que a circulação dos bens possa ser ágil. Queremos a mesma atenção dada às formas de se conseguir aumentar a tributação direcionada à proporcionar agilidade. Uma economia que transporta mais tem mais dinheiro em circulação e muito mais competitividade. É o nosso ponto fraco.

Como podemos nos arregimentar para exercer pressão no governo por um reforma tributária e atenção especial ao setor de Logística? Você tem alguma ideia, conta pra gente!